segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vício




Sempre pensamos que chegamos ao fundo do poço, mas quase sempre estamos errados. Aquela nota ruim ou o término de um namoro não são nadasse comparados ao verdadeiro fundo do poço: o vício. Todos temos o costume de falar que somos viciados em algo, mas somente ao ver de perto é que percebemos o verdadeiro vício. Ao me deparar pessoalmente pela primeira vez com essa cena a única coisa que pude sentir foi pena, pude ver o quão pequeno é o ser humano ante as coisas que viciam. Era uma senhora, ela podia ser minha avó, ou a sua. Era clara sua ansiedade ao pedir o cigarro, suas mãos tremiam, ela não conseguia ficar parada. Assim que colocou-o na boca relaxou, parecia até outra pessoa, totalmente saciada, mas até quando? Até o fim daquele pequeno cigarro? O mesmo acontece com outras coisas como por exemplo a bebida alcoólica ou as drogas. É um estado triste, deplorável, algo que não desejo passar e gostaria que ninguém passasse, mas infelizmente isso está fora do meu alcance.

Primeiro Encontro






Sempre estive te observando, tentando seguir seus passos, mas nunca consegui. Você era alguém inalcançável e eu uma simples pessoa. Qual a chance que eu teria? Certo dia você veio ao meu encontro, meu coração queria sair pela boca, eu não esperava poder conversar contigo. Estava em êxtase, era o dia mais feliz da minha vida. Depois de um tempo você se foi, deixando em meu peito uma saudade inexplicável. Queria mais, precisava de mais. Noutro dia nos encontramos novamente. Queria te beijar, mas não sabia se retribuiria ou pior, poderia nunca mais falar comigo. Fui chegando perto de ti, queria te tocar, sentir teu cheiro, seu abraço apertado, mas achei que aquilo nunca aconteceria, era só um sonho. Já estava indo embora quando ouvi me chamar. De repente você me abraçou e disse para eu não ir, que precisava de mim ao seu lado. Achei ter ouvido errado. Queria estar ao meu lado? Mas por que isso? Era alguma brincadeira, só podia. Como poderia querer estar comigo? Me dissestes que sempre gostara de mim, mas eu parecia ter medo. Medo? Eu estava apaixonado demais para puxar uma conversa. Você me beijou em seguida, mas que beijo, que boca. Não aguentei e chorei. Você não entendia porque aquele choro, mas era muita felicidade, não pude conter. De qualquer forma aquele dia foi inesquecível. O dia do nosso primeiro encontro.

Tédio




O tédio me consome, vai tomando conta do meu ser como uma cobra que tenta matar um pequeno rato. Me sinto sufocado, não tenho pra onde fugir, estou cercado. Agora fugirei em direção ao horizonte, mas onde chegarei? O que me espera no fim dessa estrada? Apenas sei que a incerteza e a esperança me acompanham nessa jornada.

Te amo




Quanto mais tento te esquecer mais você vem em meus pensamentos. Quanto mais fujo de ti mais te encontro. Quanto mais tento procurar em outras bocas o beijo perfeito, mais percebo que só tua boca tem o sabor que procuro. Quanto mais procuro em outros corpos o prazer, mais percebo que só teu corpo se encaixa no meu. Então desisto de fugir e me entrego a você, pois só contigo serei feliz.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

À procura da liberdade





Você vê os outros se jogando e se pergunta: Qual o sentido disso? Por que se jogar se subirá novamente? Você estava ficando louca com aquilo. Eu não pude ignora-la, então fui ao seu encontro. Qual o problema? Está tudo bem? Você estava à beira de um colapso quando me respondeu que não entendia o porquê das pessoas se jogarem do penhasco e subir novamente. Eu também não sei por que os outros fazem isso, cada pessoa pensa de forma diferente, mas talvez elas queiram voar, se sentir como um pássaro que bate suas asas no céu azul. No momento que está caindo você esquece de tudo, quando cai na água sente seu corpo leve e depois sobe em busca dessa incrível sensação novamente. Você não deveria tentar entender ou outros, apenas tente sentir por si mesma, sinta-se livre. Ao ouvir essas palavras ela se jogou de braços abertos em busca de sua própria verdade, em busca de sua liberdade.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Perdido



   Aqui estou eu novamente, preso nesse mundo gelado. Tudo o que vejo é um céu negro e a areia por onde caminho. Por que estou sozinho? As pessoas tentavam se aproximar de mim, mas quando falavam comigo eu as ignorava. Por que que eu fazia isso? Achava que eram todos idiotas, não precisava deles. Eu nasci sozinho, não preciso de ninguém. É isso, não preciso. Alguém começa a dizer algo. Como poderia haver alguém aqui? É MEU mundo. Corro desesperado, as lágrimas escorrem por meus olhos. De repente me bato em algo. De novo algo impossível, meu mundo era vazio, não tem nada além do céu, da areia e de mim, pelo menos é como deveria ser. Levanto meus olhos e vejo alguém. Conhecia aquela pessoa de algum lugar. Era um menino do meu tamanho e uma roupa colorida, aquilo doía em meus olhos. Ele veio em minha direção. Tentei fugir, mas me segurou pelo braço. Eu estava com medo. Ele começou a dizer algo, então tentei tampar meus ouvidos. Era inútil, sua voz penetrava em minha mente. Como aquilo era possível? Me dizia que estava muito bem, que não precisava ter medo. Olhei em seus olhos. Aquele era eu? Não era possível, era alguém de aparência muito diferente. Lembrei de algo. Eu era feliz, conversava normalmente com as pessoas. Algo havia acontecido, mas o que? Meu outro eu me puxou pela mão e me levou para uma sala escura. Haviam dois lugares e uma televisão enorme. Parecia um cinema particular. Algo começou na tela. Era eu. Estava sentado, rodeado de pessoas sorridentes. Achei que meu outro eu queria que eu fosse assim novamente, mas não era isso, não só isso. De repente a cena mudou. Eu estava sentado com uma pessoa, conversando. Aquele filme eram minhas memórias que estavam trancadas. Era tipo um filme mudo. Apareciam as imagens e depois as coisas que haviam sido ditas. A cena muda. Eu estava conversando com meu melhor amigo. Estava dizendo meu maior segredo. A cena mudou novamente. Meu "melhor amigo" estava contando meu segredo a todos. Depois a cena mudou de novo. As pessoas que riam comigo na primeira cena estavam se afastando de mim. Elas sabiam de tudo. Alguns ainda continuaram ao meu lado, mas eu não podia confiar mais em ninguém, afinal, até meu melhor amigo havia me traído. Enfim lembrei o que havia acontecido. Me afastei de todos e antes que pudesse perceber havia me afundado nesse mundo. O outro eu sorriu ao ver que havia lembrado de tudo. O que ele queria? Me ver mais triste? comecei a chorar enquanto "eu" ia embora. Aquelas cenas ficavam passando na minha cabeça o tempo todo. Então percebi que aquele outro eu era minha consciência. Ela queria me ajudar. Percebi que haviam pessoas que gostavam de mim, aquele em quem confiei era só um idiota. Não, ele não era um idiota, eu era. Confiei demais em quem não devia. Queria sair daquele mundo que havia entrado, mas como? Tentei achar minha consciência novamente, mas estava sozinho. Como poderia sair daquele lugar? Comecei a chorar. Minha consciência reapareceu, mas dessa vez estava diferente. Estava séria. Me deu um tapa e mandou engolir o choro. Depois disso me disse que se queria tanto sair dali que saísse então. Dito isso foi embora. Acho que entendi. Aquele era MEU mundo, se quisesse sair podia fazê-lo. Consegui sair daquele inferno camuflado de paraíso. Percebi que nem todas as pessoas eram iguais. Claro que tem aquelas que iriam nos trair, mas também tem aquelas que estarão sempre ao nosso lado.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O que fazer?






 
Às vezes procuramos respostas pra nossas dúvidas, mas mal sabemos que quanto mais procuramos respostas, mais elas demoram a aparecer. Estive lendo um texto de um amigo, nesse texto ele relata um sonho onde todas as suas perguntas eram respondidas pelo seu subconsciente, mas será que aquelas respostas eram as verdadeiras? Ou apenas o que ele queria escutar? Nem sempre a realidade se comporta como a gente espera, temos que nos adaptar à ela, às pessoas que estão a nossa volta e às que ainda aparecerão.


Viver é algo incrível e não falo isso simplesmente porque estou vivo, muitos talvez digam que não tenho como saber, afinal nunca experimentei a morte. Falo isso porque quando se está vivo não tem como saber o que acontecerá em seguida, quem você irá conhecer, o que irá aprender, são muitas possibilidades. Muitas pessoas já pensaram em se matar, inclusive eu, por isso entendo um pouco sobre o que se passa na cabeça delas. Hoje em dia está na moda se cortar, mas nem todos fazem isso pra chamar atenção, muitos estão sofrendo calados, sofrimento que para muitos é besteira, como por exemplo terminar com um namorado, sinceramente eu acho besteira, mas pra pessoa pode não ser, quem somos nós para julgar o sofrimento dos outros?


Sei que mudo rápido meu foco e expressei bem isso nesse texto, mas como sempre faço vou voltar ao foco principal: AS RESPOSTAS!!! Pois é, aquilo que a gente espera aparecer na nossa vida e resolver os problemas, mas que nem sempre aparece, entramos em desespero por não saber como agir em uma situação especifica, mas esquecemos que nem tudo tem resposta, temos que nos deixar levar pelo desconhecido para aprender. É nas trevas que se reconhece a luz, não sei onde ouvi essa frase, mas é uma das que de fato estão certas, afinal, se tudo vai bem na sua vida você vai ser incapaz de enxergar “a luz”, já se estiver envolto de tristeza, dificuldade e coisas afins você será capaz de ver essa “luz”, mas lembre-se de manter seus olhos abertos, porque essa luz pode desaparecer rápido, nunca se sabe quando aparecerá ou quanto tempo ficará à vista, por isso aproveite, agarre com todas as suas forças pra não deixa-la escapar.


Voltando um pouco ao segundo parágrafo, se tiver algo que te incomoda a melhor coisa é conversar, pelo menos foi isso que aprendi depois de sofrer calado. Nem sempre a família vai te entender (pelo menos não a família que você nasce). Família, pai, mãe, irmão, tudo isso (pra mim) é só uma denominação às pessoas que dividem genes com você, mas as pessoas que você pode confiar e contar, esses sim são seus verdadeiros irmãos, primos, ou como comumente são chamados são seus AMIGOS. Não quer dizer que as pessoas que dividem genes com você não são importantes, claro que são, mas só quando (além dos genes) eles dividem segredos, sabem te aceitar do jeito que você é, te respeitam e te amam, eles também se tornam seus amigos e por associação se tornam irmãos, pai, mãe, tio e etc.


Sei que me estendi um pouco demais nesse texto, mas fiquei inspirado... Acho que é o momento que passo, apesar de não ser “velho” tenho um pensamento diferente, um tanto incomum pra minha idade, mas sei que muitos passam ou passaram por situações complicadas e a única coisa que quero é que tenham fé nelas mesmas e vivam felizes.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pedido de socorro




 




Estou enlouquecendo, mas não sei o por que, tudo me irrita, tudo me frustra, estou a beira da loucura. Parece que quanto mais eu penso mais tenho dúvidas, não sei o que quero da minha vida, o que quero dos outros, ultimamente não sei nem quem sou. Cresci sendo o prodígio, o orgulho da família, o garoto quase perfeito, mas tudo isso sempre me irritou muito. Quando pequeno tinha pequenos ataques de fúria contra os outros ou contra mim, não conseguia extravasar a raiva de forma natural sempre acabava fazendo alguma besteira. Hoje em dia tento não dar importância pra nada que acontece ao meu redor, mas isso está sendo péssimo, estou me afastando da minha família, meus amigos, das pessoas que mais amo e preso no mundo. Não sei em que quero trabalhar, nada me agrada, tudo é difícil. Não sei do que gosto, se gosto de mulheres ou de homens, tenho medo de que gostar de alguém do mesmo sexo possa ser algo errado. Não sei em que ou em quem acreditar. Estou começando a odiar as pessoas, a vida, a felicidade e tudo que possa me trair ou acabar. - Alex Rafael